
"Aqui é como um teatro: você paga e se diverte por uma noite. Não existe a esperança de ganhar dinheiro", afirma um turista de Cruz Alta (RS) que foi à cidade uruguaia de Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul, jogar no cassino local.
Proibidos no Brasil, as casas de jogos em pequenas cidades de fronteira atraem caravanas de apostadores brasileiros, que hoje não podem mais nem frequentar bingos.
Um consórcio argentino e uruguaio está investindo US$ 32 milhões (R$ 50 milhões) em um hotel-cassino em Rivera, separada apenas por uma rua da gaúcha Santana do Livramento.
A casa ficará na avenida que divide os países. A expectativa é que os brasileiros sejam 95% dos jogadores --cupons de R$ 30 em apostas serão encartados em um jornal do Rio Grande do Sul. O empreendimento deve ser inaugurado em setembro.
Marlene Bergamo/Folhapress | ||
![]() | ||
Proibidos no país, cassinos localizados na fronteira atraem cada vez mais brasileiros |
FREQUÊNCIA
Com centro de compras e freeshops no modelo de Ciudad del Este (Paraguai), Rivera, no Uruguai, também atrai gente de longe só para jogar. Brasileiros são maioria.
"Não adiantou ter fechado os bingos, o pessoal vem para cá", conta uma brasileira de 80 anos, que prefere não se identificar.
Ela afirma que costuma ir com uma amiga de Porto Alegre até Rivera, em uma viagem de seis horas de carro, apenas para frequentar as casas de aposta.
Fonte: Folha.com