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sábado, 27 de agosto de 2011

Filosofar é aprender a morrer

27/08/2011 




Dizem que os filósofos duvidam de tudo, até mesmo de sua própria existência. Porém, um fenômeno parece inquestionável: a morte. Apesar de ser logicamente incerta, a mortalidade --mesmo aos ilustres pensadores-- não pode ser ignorada. Um dia, provavelmente, todos nós morreremos.


Dos fragmentos de Demócrito (460-370 a.C.) ao "martírio" de Sócrates (469-399 a.C.), o tema persegue a filosofia como a hipótese mais próxima das certezas. Não por menos, a universal afirmativa aristotélica mais famosa é: "todo homem é mortal". Até hoje, todo ser vivo morreu. Quem poderá discordar?

Em seus escritos, Cícero (106-43 a.C.) apresenta o filosofar como uma preparação à morte. Para Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592), filósofo francês que criou o gênero literário chamado de ensaio, "a meta de nossa existência é a morte; é o nosso objetivo fatal".

Segundo Montaigne, meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade
Segundo Montaigne, meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade 



Comprovando a máxima, dia 13 de setembro, é aniversário de morte de Montaigne. "Meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade; quem aprendeu a morrer, desaprendeu de servir; nenhum mal atingirá quem na existência compreendeu que a privação da vida não é um mal; saber morrer nos exime de toda a sujeição e constrangimento", escreveu o filósofo.

FABIO ANDRIGHETTO
da Livraria da Folha



Fonte: Folha.com