20/08/2011
Sobre a areia quente e as águas azuladas das praias de água doce do rio Tapajós, homens e mulheres jogam sobre os ombros imensos mastros de madeira, saem outra vez em fila até a Praça do Sairé e começam a decoração daqueles pesados troncos. Uma competição entre sexos que só deve terminar na próxima segunda-feira, com a derrubada dos mastros.
No entanto, o momento mais esperado é a disputa entre os grupos Boto Cor de Rosa e Tucuxi, uma apresentação alegórica baseada nos famosos bois Caprichoso e Garantido, de Parintins, no Amazonas.
O profano nunca esteve tão próximo ao sagrado e, no Pará, o limite é uma estreita rua que separa os movimentos sensuais dançados ao ritmo do carimbó e as procissões religiosas entoadas em latim.
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Saraipora carrega o sairé, uma armação de madeira revestida com algodão e fitas coloridas em forma de cruzes que representam o Pai, o Filho e o Espírito Santo |
A Festa do Sairé de Alter do Chão, vila balneária a 36 km de Santarém, considerada a manifestação religiosa mais antiga da região norte do Brasil e, junto com o Círio de Nazaré, da capital Belém, uma das maiores festas de todo o estado.
O evento, com mais de 300 anos de tradição, remonta ao período da colonização portuguesa, quando os índios boraris, antigos habitantes daquelas terras, organizavam rituais de boas-vindas aos colonizadores. "É o sangue dos nossos antepassados que nos une nesse momento", conta Marlison Soares, coordenador da Festa do Sairé.
A programação começa com uma emocionante procissão entoada em latim, conhecida como Busca dos Mastros, em direção ao rio. Diante do grupo, a saraipora carrega o sairé, uma armação de madeira revestida com algodão e fitas coloridas em forma de três cruzes que representam o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O evento, com mais de 300 anos de tradição, remonta ao período da colonização portuguesa, quando os índios boraris, antigos habitantes daquelas terras, organizavam rituais de boas-vindas aos colonizadores. "É o sangue dos nossos antepassados que nos une nesse momento", conta Marlison Soares, coordenador da Festa do Sairé.
A programação começa com uma emocionante procissão entoada em latim, conhecida como Busca dos Mastros, em direção ao rio. Diante do grupo, a saraipora carrega o sairé, uma armação de madeira revestida com algodão e fitas coloridas em forma de três cruzes que representam o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Sobre a areia quente e as águas azuladas das praias de água doce do rio Tapajós, homens e mulheres jogam sobre os ombros imensos mastros de madeira, saem outra vez em fila até a Praça do Sairé e começam a decoração daqueles pesados troncos. Uma competição entre sexos que só deve terminar na próxima segunda-feira, com a derrubada dos mastros.
No entanto, o momento mais esperado é a disputa entre os grupos Boto Cor de Rosa e Tucuxi, uma apresentação alegórica baseada nos famosos bois Caprichoso e Garantido, de Parintins, no Amazonas.
Como é uma festa de raiz, com antigas danças folclóricas, o Sairé não tem o mesmo apelo visual de outras grandes festas nacionais.
Fonte: UOL